domingo, 2 de dezembro de 2012

INHAMBANE - ROTEIRO COMERCIAL

De 4 a 23 de Março de 2005, decorreu na antiga Página de Inhambane, na Internet, fundada pelo nosso saudoso Amigo Carlos Gonçalves, uma evocação das realidades de Inhambane, que recebeu o nome de "Roteiro Comercial".
Foram tratados outros assuntos relacionados e que só enriqueceram o projecto inicial.
Participaram o Salimo, o Edgar Neves, o Roger, a Shila Teixeira, o Pegado, a Branca, o Laxmi, o César Sobral, o Renato Abreu, a Nela, o Manecas e eu.

Entretanto a Página migrou para o Multiply, onde as configurações não eram apropriadas e o convívio entre os Inhambanenses abrandou e desapareceu mesmo. A Página de Inhambane acabou e o próprio Multiply deixou de ser página social no último sábado, 1 de Dezembro.
Devido a um download problemático dos conteúdos, o que lá estava perdeu-se, embora possa aparecer ainda por algum tempo nas buscas do Google.

Tratei de recuperar essa troca de informações e opiniões, que, há quase oito anos, nos mantiveram muito animados durante cerca de três semanas e aqui está hoje, depois de devidamente formatada. Boa leitura e boas recordações!



ROTEIRO COMERCIAL DE INHAMBANE

De 4 a 23 de Março de 2005

http://inhambane.multiply.com/journal/item/3414

Todos nós nos lembramos dos hotéis que havia em Inhambane: o Sul do Save e o Hotel de Inhambane. 
A célebre Pensão Atómica (mais tarde Portugal) e a Residencial Monte Carlo (onde tinha existido a Floresta do Sr. Baía). 
Lembramo-nos também dos Cafés: o Dragão Azul e, mais tarde, o Púcaro. 
Havia duas Farmácias: Dionísio e Herculano. 
No início, apenas um Banco: o Nacional Ultramarino. Depois também o Standard Totta. 
E de que mais nos lembramos nós? 
Duas Barbearias: Ramos e Leitão. 
Uma oficina de automóveis: Garagem Estrela (Oliveira). 
Mercearias: Rafael (mais tarde Tomé), Alcobia, Pedro António e Farinha (A. Farinha & Nunes). 
Padarias eram três: Araújo, Popular (Martins) e Rosa (Guita). 
Pastelarias: Botelho (um bolo 1$50, dois bolos 2$50) e, mais tarde, Alvorada. 
Dois talhos: Oliveira e Mussagy. 
Um cinema: o Teatro Manuel Rodrigues. 
A Fábrica RIL (Refrigerantes Inhambane, Lda.). 
Vamos continuar a puxar pela memória... 
Sapataria Bernardo, Salão da Moda, Empresa Moderna, Manuel Nunes e Damião de Melo. 
ICIL (Inhambane Comercial e Industrial, Lda.). 
Usava-se muito o nome de "Casa": Morgado (Auto Acessórios, Lda.), Choitran, Casa Cruz, Gindolo, Gomes, Jethá da Esquina, Luso Africana, Melo Velho, Motocolo, Ricardino, Sasseca, Tatá, Tudela, Casa Zuid. 
Mas há mais, muito mais. 
Com a colaboração de todos, poderemos continuar este Roteiro Comercial de Inhambane, que nos levará de recordação em recordação. 
No cinema viam-se filmes do Cantinflas... 
Na Casa Morgado comprei a minha 1.ª bicicleta, Philips 26 roda balão (montada pelo Sr. Bastos), em 1960... 
No Ricardino & Silva comprei o meu 1.º rádio portátil (Philips Philitina) - omda média e onda curta completa, dos 13 aos 92 metros... 
No Damião de Melo comprei em 1963 o meu 1.º relógio, um Fortis Eastern Star, que ainda conservo... 
Vamos a isto?... 


Olá a todos. Oh, amigo Ferreira, e o melhor gelado do mundo?. - Não lhe perdoo ter-se esquecido da sorveteria do "grande" Botelho antes de ser "Alvorada"!!!- E o João Vaz (electrodomésticos)? - E o Chicalia (rei da castanha de cajú e copra)? - E os grandes armazenistas Omar Amad e da firma Ali Momade Sacoor ( dono das instalações onde funcionou a Escola Técnica antes da nova e onde era para ser a Fábrica de sabão)? - E a fábrica de gelo junto à mesquita nova?- E os seguros, onde o Rolo em representação da Nauticus era o rei? - E o gabinete de contabilidade do professor Costa onde o meu irmão, o Medina e muita malta por lá trabalhou? - E a escola de condução? - Mas quem se deve recordar bem deve ser o amigo Pegado já que era bancario do BNU e contactava com as firmas todas. Já agora, quantos taxis e quantas bombas de gasolina existiam em Inhambane? Beijinhos e abraços a todos, Salimo 

BOA, SALIMO! 
Vamos esperar que outros, com a memória em melhor estado do que a minha, possam aumentar ainda mais a lista. 
Na Escola Técnica antiga, funcionava a minha turma da 4.ª classe (1956/57), por falta de sala na "Carvalho de Araújo". Quando Íamos para lá, passávamos por uma Fábrica de Sabão abandonada, que tinha sido do Sr. Revez (Avô da Cremilde, nossa participante). Á porta dessa Fábrica ainda estava um velho camião "Studebaker", de cabine verde e taipais de madeira. 
Em frente a essa Escola Técnica antiga, ficava o Matadouro e, à esquerda da Escola, era um grande armazém (talvez da ICIL). Entre o armazém e o Matadouro, havia uma praia. À frente do Matadouro era o canil, sempre superlotado, de onde nós, regularmente, soltávamos os cães, rebentando o cadeado... Isto já depois de 1960. 
Aliás, ficaram célebres as autênticas "touradas" que nós fazíamos, no início dos anos '60, a quem andava pela cidade a tentar apanhar cães com redes, numa carrinha "Chevrolet" da Câmara, conduzida pelo "Matacães"... Uma vez, o Pradiprai Ratilal salvou um cão, pegando-o ao colo e correndo com ele para casa! 
Vamos continuar com as recordações! FERREIRA

R I L (REFRIGERANTES INHAMBANE, LDA.) 
Ficava à entrada de Inhambane, para quem vinha de Lindela e Jangamo, do lado esquerdo. Era do Sr. Pagan (italiano), pai do Ricardo, guarda-redes, que chegou a vir para o Benfica. 
A carrinha de distribuição era também italiana (Alfa Romeo), a única que havia em Inhambane. 
Os refrigerantes mais baratos custavam 1$50 e, os mais caros, 2$50. 
Numa festa ao ar livre no Ferroviário, a RIL e a Reunidas montaram os seus "stands" com oferta de refrigerantes. 
Não foi difícil reunir um grupo razoável de "voluntários" para fazer "fita"... 
Chegámos junto ao "stand" da Reunidas, metemos a garrafa à boca e, imediatamente, cuspimos o líquido com grande alarido e protestos a condizer, dizendo que aquilo não prestava para nada, que não se podia beber! 
Depois, fomos ao "stand" da RIL e mostrámo-nos deliciados, com toda a exuberância que conseguimos. Era são bairrismo! 
A Reunidas diminuíu muito as vendas na região e aplicou um golpe baixo à RIL. 
Num Sábado à tarde, alguém ligado à Reunidas, percorreu a cidade de casa em casa, comprando por bom preço todo o vasilhame da RIL. Sem possibilidade de engarrafar os refrigerantes, a RIL acabou, mais tarde, por fechar. FERREIRA 


E a casa Nunes frente à escola Carvalho de Araújo ? E a casa Jethá ( acho que é assim que se escreve ) numa esquina da Av. da Republica perto do jardim ? Aproveito para perguntar se o Hotel Sul do Save ainda está de pé e , em caso afirmativo , que uso tem ? 
Quanto às bombas de gasolina lembro-me de duas - uma junto à subida para o cinema e outra na Av. da Repubica ( salvo erro Atlantic ) na esquina oposta ao hotel Inhambane ( do Sr Tomé ) Abraços a todos os Manhambanas EDGAR


As "Casas" de que falas são referidas na 1.ª mensagem com os nomes de Manuel Nunes e Jethá da Esquina, respectivamente. 
Ainda em 1974 meti "diesel" na bomba do Sr. Tibúrcio, no meu velho Morris Oxford, que gastava 1 litro de óleo de motor "40" aos 100 Km... Não me lembro se ainda existia a outra, em frente ao Hotel de Inhambane velho. 
Ouvi dizer, há pouco tempo, que no Hotel Sul do Save se alugam quartos no 1.º andar. Deve ser um risco lá dormir, porque vi uma foto recente, que mostra o edifício muito degradado. A varanda continua apoiada naquelas colunas metálicas verdes, talvez em ferro forjado. 
No edifício do Hotel de Inhambane novo, havia também casas comerciais, do lado da Av. da República. Uma delas vendia discos. Como se chamava? 
No prédio do Chicalia, no Largo dos Quatro Candeeiros, ao lado do escritório do Pai do Barbosa, havia outra de "artigos eléctricos". Estou a "ver" as duas "Casas" e quem lá trabalhava, mas não me lembro dos nomes, nem das lojas, nem das pessoas. 
Quem ajuda? FERREIRA 


Estamos agora em frente ao Salão da Moda. 
Vamos subir a rua pelo passeio do lado esquerdo. 
Passamos pela mercearia do Rafael/Tomé e chegamos à Farmácia Dionísio. 
Continuamos a subir e passamos pelo Tudela e por uma casa de habitação, caiada de branco e com 3 portas. 
A seguir espreitamos por um velho portão de madeira e vemos, dentro da garagem, um "Zephyr" descapotável. Este carro foi apreendido e mantido ali eternamente. 
Logo ao lado fica a Loja do Laxmi, estabelecimento com duas portas e três montras. E a pergunta é: como se chamava a loja do Laxmi? Casa Deuchande - respondem todos!
Ficamos por aqui ou continuamos para a Empresa Moderna, Casa Ricardino e Escola Carvalho de Araújo?... FERREIRA


Puxa, vocês têm uma memória!!! Mas o Ferreira então é demais... Ó Ferreira deixa-me dizer que ainda a tens muito fresquinha... Continua que estou a a passar um bom bocado lembrando-me de Inhambane... Estive lá só 4 anos , mas parece que foi há mais de 50 anos... A saudade já aperta, tenho que pensar num retorno muito breve... Já agora deixo-vos uma pergunta... E o que conhecem de Santarém... Um Bom Domingo ROGER


Afinal sempre fomos até à Escola Carvalho de Araújo, que evoca o nome de um oficial da Marinha de Guerra, que foi Governador de Inhambane (1917/1918). 
Carvalho de Araújo morreu como herói no mar dos Açores, bem como toda a tripulação do caça-minas "Augusto de Castilho", durante a 1.ª Guerra Mundial, ao enfrentar o submarino alemão U-139, que pretendia atacar o navio de passageiros "São Miguel". 
Mas vamos à Escola. O muro baixo, com pilares, tem um gradeamento coberto por trepadeiras. O edifício tem um corpo central avançado, onde ficava, do lado esquerdo, o gabinete do Director. Entrando por um corredor, entramos num pátio central, com acesso às quatro salas de aula desse piso superior. 
Aí evocamos o nome dos professores Nogueira, Costa Lima, Paixão, Bouça, D. Florinda e outros. Lembrámo-nos também do Inspector Morais Barbosa, que utilizava uma carrinha verde, de caixa aberta, marca "International", (mais tarde foi uma "Chevrolet") que costumava estar no estacionamento ao lado da firma Manuel Nunes. O Sr. Esteves do Almoxarifado fazia autênticos milagres para as manter em funcionamento! 
Descemos uma grande escadaria e fomos para outro pátio, em terra, muito espaçoso. Aproveitando a diferença de nível de terreno, existia aí um piso inferior com mais salas, incluindo a Cantina Escolar, além das instalações sanitárias. 
Fomos submersos por mil e uma recordaçõees da nossa infância! Queríamos falar todos ao mesmo tempo, para contarmos episódios engraçados. 
Havia ainda uma rampa em cimento, que dava para um grande portão, sempre fechado, de onde se via o Bazar Velho (que existiu em frente à Câmara Municipal). Do lado esquerdo, havia um pequeno portão de acesso à rua de trás. 
Terminada a visita, saímos pela porta da frente e atravessámos a rua, onde houve, em tempos, uma bomba da Shell, na esquina do Manuel Nunes. 
Olhando outra vez para a Escola, um mais veterano exclamou, com ar enlevado e sonhador de quem anda 50 anos para trás: 
- Aquilo é que eram "arraiais de porrada"!... 
E acrescentou: 
- Comparado com o que se passava ali dentro, os castigos das Irmãs Orlanda e Isabel pareciam "doces afagos maternais"! 
Mas logo recordações mais agradáveis interromperam o sonhador dos "arraiais"... 
FERREIRA 


Onde se compravam os livros da escola: além da Casa Melo era a Empresa Moderna que tinha o Senhor Lemos na linha da Frente. O fotógrafo para os documentos da Escola: Sr Alcides (?) acho que o nome era parecido a este. Autocarros para o Norte e para Lourenço Marques: Auto Viação do Sul do Save, Lda. Ainda havia a Padaria Oliveira, pai do Quim dos aviões ao pé do Quartel SHILA TEIXEIRA 


Sim senhor, foi muito interessante este Tema, mas temos poucos "madalas". 
Vou ver se consigo rever a Rua Mouzinho de Albuquerque. 
LADO ESQUERDO- Jetha da esquina, Casa Morgado, Farmácia Rodrigues, Casa Belém, com a respectiva Barbearia no corredor, entre a mesma e a Inhambane Comercial e Industrial (mais tarde Velosa- depósito), depois era a casa Rafael (mais tarde Tomé e a seguir o Púcaro), Farmácia Dionísio, Casa Tudela -como a conheciamos mas foi a transferência da I'bane Com. e Industr. para esse estabelecimento após a morte do Sr. Oliveira, Solicitadores Panachande, Casa J. Deuchande (Laxmi e .......? ) Empresa Moderna (era do Sr José Guita, pai do Chico) Casa Ricardino e Escola Carvalho de Araújo. 
LADO DIREITO- Casa Cruz, Damião de Melo, BNU, Mocidade Portuguesa (era a casa Mãe do SR MANUEL NUNES e filhos e filhas) e a seguir Manuel Nunes. 
Até aqui já estamos todos sintonizados. 
EDGAR -.- Então põe os teus (PAI) arquivos a funcionar SFF. então esses anuários, esses documentos , etc, etc tens toda uma História em casa tens de rebuscar......Certo? 
Até à próxima... 
Um abraço 
jasop PEGADO 


Meus Bons Amigos:
Ferreira e Pegado
Se me permitem tratá-los assim.
Não é sem emoção que vou andando pelas ruas da minha querida INHAMBANE, com o vosso roteiro,é um caminhar saboroso e o avivar de tantas e boas recordações.
Cheguei a Inhambane no ano de 1965,tinha então a bonita idade de vinte anos. Lá me nasceram os meus três filhos, nas mãos da irmã Adélia (grande mulher) lembram-se ?
Vou voltar, se Deus quiser, nos primeiros dias de Agosto.
Vou tentar fazer entender ao meu neto ,como as nossas raízes são importantes.
Levá-lo a Santarém, de onde é natural a sua trisavó e a sua bisa como ele a tratava.
Levá-lo a ver a campa do seu bisavô, António Farinha.
Não sei se vou preparada para o que vou encontrar, mas tenho a certeza que o meu amor por ela não vai sair beliscado.
Um grande abraço para todos.
Faltam: a escola de condução da D. Aninhas, a garagem S. Cristóvão, a serração, a fábrica do sabão, a fábrica de descasque de castanha, as oficinas dos caminhos de ferro, do almoxarifado e das obras públicas, e mais o resto que foi dito por ti. 
BRANCA


E o Alcobia ? 
É com grande ternura que me lembro o percurso diário que fazia quando ia para o Colégio...(completar - J Deuchande (eu) + Shantilal - não sei te recordas...foi colega do Artur Dionísio...) 
Se o Fernando Ferreira pudesse relatar os Gosíadas (da autoria dele) que escrevia nas aulas de moral.....há almas vivas que ainda vibrariam com as estrofes estrondosas.....era só o privilégio de alguns...... 
Um abraço 
LAXMI


Deves lembrar mais as carícias da Irmã Preciosíssimo do que da irmã Isabel (4ªClasse).....lembras-te quando nós pirávamos para o Desportivo e ela vinha para "vocemessês à minha frente".... 
Bons tempos e uma Juventude mais saudável....(hoje não há nada comparável com aqueles tempos....) 
Um abraço 
LAXMI



Laxmi 
Da última vêz que publiquei aqui algumas estrofes dos "Gosíadas" (adaptação livre dos Lusíadas de Luís de Camões...), deu uma bronca das antigas, porque a conversa variou para temas desagradáveis de problemas mal resolvidos ou mal digeridos!... 
Só fui aluno da Ir. Isabel para a Admissão ao Liceu. Vinha com um "17" do exame da 4.ª Classe (Escola Carvalho de Araújo) e isso evitava problemas maiores... 
Mas, assim que apareceu a Ir. Preciosíssima no Liceu, percebemos logo que a boa vida tinha acabado. Metro e meio de energia minhota concentrada, peculiar sentido de responsabilidade, exigência extrema e métodos pouco ortodoxos (fintava com a esquerda e dava com a direita...). 
Mesmo assim, ou por causa disso (embora eu nunca tenha acreditado nesses métodos), saímos do Colégio a dominar a matéria, inclusive com conhecimentos de Latim! O medo guarda a vinha?... 
Por alguma razão alterámos o nome de Preciosíssima para "Perigosíssima"! 
- Aquilo é que eram "arraiais de porrada"! - como dizia o outro saudosista...
FERREIRA


Ferreira 
Esta do metro e meio de energia minhota...deu-me cá uma vontade de rir que não imaginas....... 
Sim...os que hoje dizem que eram os métodos arcaicos e pouco ortodoxos........ tinham um fim em vista...e ..aprendemos pelo resto da nossa vida...E hoje ? O que fazem os métodos desta liberdade e igualdade ? Não sabem ou não foram ensinados a utilizar o que Deus deu de bom - a Inteligência - hoje fazem as cópias das ideias que andam na NET....- fazem pura e simplesmente ( Copy-Paste ) e digo-te que até alguns professores papam este tipo de ensino...porque também já não conseguem pôr as suas ideias (ou que já se esgotaram as ideias próprias..) em marcha nas escolas..(Claro há excepções...) ou que estão globalizados.... 
Eu fiz a Quarta Classe na Escola Carvalho de Araújo...sai com 18 ,mas quando fui fazer a admissão ao Liceu chumbei ...porque não sabia escrever nem falar bem ,a minha redacção foi um autêntico desastre.....e nesta altura quem me valeu foi a Irma Lurdes (me disse que nada estava perdido...), porque fui para o colégio para o 1º ano.....e só fiz o exame do 2º ano quando atingi a maioridade e quando estava no 4º Ano. 
Como tinha bom aproveitamento fui dispensado do 3º período do 4º Ano para reestudar (frequentar) o 1º e 2º ano.....Fiz este exame e dispensei...e no ano seguinte, fizemos o 5º ano que foi aquele ano que marcou a minha vida.....e do resto da malta...(célebres finalistas de 1963).
Bons tempos..... 
Um abraço 
LAXMI


Olá Ferreira, 
Olá Laxmi. 
Olá a todos. 
Concordo em absoluto com a vossa opinião quanto aos métodos do ensino de antigamente em que os castigos faziam parte desses mesmos mÃéodos.Claro que estou preparado para a polémica que eventualmente se vai criar devido a esta minha intervenção por parte daqueles que, no seu legitimo direito, não os aprovam. Eu, por mim, ainda hoje agradeço as "reguadas" e os "castigos" que me foram aplicados quando era estudante, bem como agradeço imensamente as "tareias" que levei do meu saudoso pai e que contribuíram, em muito, para me tornar um ser humano melhor e com preparação suficiente para poder viver num mundo de extrema competição diária, aqui ou em qualquer parte do Mundo. Se não me tivessem sido aplicados, na devida altura, os tais "castigos" que não me tornaram inválido, nem física nem psicologicamente, o mais seguro seria, eu hoje, estar incapacitado, "invalido", impreparado, para este mundo competitivo. - Em comparação, os métodos de ensino posteriormente aplicados, a cada ano e a cada geração de estudantes têm PROVADO que não servem aos alunos nem como seres humanos nem como profissionais para o mercado do trabalho e isso devido, em parte, não totalmente, à não aplicação dos tais "castigos", porque os "pseudo-especialistas" entendem que os métodos antigos já não se podem aplicar nesta era. Mas a realidade tem vindo a desmentir categoricamente, sem dó nem piedade, essa "teoria" dos "sabichões" que se mostram escandalizados quando, mesmo assim, alguns professores tentam implementar algum método de ensino mais eficaz para o bem dos seus alunos. Hoje, infelizmente, não temos, nem Educação nem Formação!!! 
Beijinhos e abraços, 
SALIMO 


Pessoal 
Mas o que é isto? É O ROTEIRO? 
Vou continuar e com a ajuda do Champaklal ( Matocolo) irmão do meu amigo Hasmuklal. 
Lado Esquerdo- Casa Cangy, Hotel de Inhambane, Casa Choitram, Barbearia Leitão, Casa Machielane, Alfaitaria Pestana, Casa Matocolo, Casa Quessaugy, Casa Gomes, Motichande Samegy e Fls., Casa Aridás, Casa Araquechande Jethá, Alfaiataria Mulgy, Casa Mambala, Casa Alcobia, 
Sacarlal Manilal, Casa Simão, Casa Rainho. 
Lado Direito - Campo de Ténis da C.M.I.., 1ª Garagem Estrela, Hotel Sul do Save, Casa Parmanande, Melo "velho", Gindolo, Chicalia, Sindicato dos Emp. Comércio (mais tarde transferido para outras instalações), Associação Hindu Sarvajanik Sabah 
Um abração 
jasop


Jasop : 
Formidável a tua listagem . Muitas e muitas vezes percorri a avenida, mas tenho a impressão que de muitas casas comerciais nunca soube o nome . 
Para ti um abraço , idem para todos os manhambanas 
Edgar


Ó Pegado, tu és uma "máquina". 
Até ja começo a duvidar se de facto estiveste em Inhambane ou se andas a consultar algum manual....!!! (heheheheheheheheh) 
Tens cá uma memória ....!!!!! Que até faz inveja. 
Um abraço amigo, 
Salimo


Amigo Chico 
Não imaginas como gostei do teu "regresso a Inhambane". 
Conforme ia lendo , ia revendo , como num filme antigo que se assiste ao fim de muitos anos. Fizeste-me recordar nomes que já não me lembrava. 
Já agora ,ainda te lembras do nome daquela loja indiana que ficava entre o Hotel de Inhambane e os campos de ténis? A minha mãe gostava muito de lã ir fazer compras. Ainda hoje tenho coisas orientais adquiridas aí. Em tempos que já lá vão o Sr.Baía teve um táxi com paragem nessa praça. Foi ele que serviu de ambulância, quando um dia cortei o pulso na brincadeira com o Jorge Morais (Jica) e tive de levar uns "pontos"no hospital. 
E tu Edgar 
Apesar da falta de memória, ainda te lembras do nosso "duelo"... chateados que vínhamos da caça com as mãos a abanar? Ou do célebre passeio nocturno de carro que "felizmente" foi abortado sem consequências..., ou do passeio de barco com o teu irmão e respectiva canzoada num velho barco, residência de lacraus? Cada vez que nos juntávamos, saía asneira... QUE SAUDADE!!! 
Um ABRAÇÂO para "ambos os dois". 
CÉSAR SOBRAL


César, 
É caso para dizer que havia mais notáveis e eminentes portadores do apelido "Ferreira" em Inhambane, além do Chico... Eu sou o Fernando, ilustre e insigne cultor da arte de importunar as Irmãs do Colégio. O tal de quem uma vez disseste, constatando flagrante e indesmentível realidade: 
- Até das aulas da Ir. Paula vais pr'á rua... 
Eu morava ao lado do Eduardo Borges (filho do dono do "Dragão Azul". 
Estive com o Chico Ferreira o mês passado em casa do Piorro, em Coimbra. 
O Chico mora na Lourinhã e completa a "provecta idade" de 64 anos no próximo dia 20, Domingo de Ramos e 1.º dia de Primavera... Está um homem! Eu "só" tenho 58 e cheguei a Leiria há 30 anos. 
Se clicares no canto superior esquerdo de uma das minhas mensagens, onde diz "Ferreira 9035", dás de caras com a minha "distinta e selecta face", que coloquei on-line para "arrebatado êxtase estético" das pessoas de bom gôsto... 
Um Abraço.
FERREIRA


Caro César 
Essa casa, tinha o nome de CASA CHOITRAM. 
Quando é que vens ao Sindicato? 
Um abraço 
jasop


É verdade, César. 
No meio de tanta brincadeira na mensagem anterior, de quem se convenceu que é "gracioso encartado"... acrescido da alegria de te reencontrar, esqueci-me de te dizer o nome daquela loja. Era dirigido por alguém a quem tratavam por "Gerente", homem alto de porte distinto e afável. 
Era um grande estabelecimento, que ocupava todo o quarteirão perpendicular ao Hotel de Inhambane Velho, fornecido com tudo o que era justamente considerado bom, naquele tempo e naquele lugar. 
Tinha entradas pelo Largo formado pela Casa Cangy, Hotel Velho e a própria Casa "Choitram"; e uma entrada mais pequena pela Rua Mouzinho de Albuquerque, ao lado da Barbearia Leitão. Lembro-me que tínhamos de subir alguns degraus. 
Só falta a fotografia...  FERREIRA


Amigo 
Roger 
Santarém era uma estação dos Caminhos de Ferro onde eu nasci, e vivi até aos 6 anos, fica a 2Km da cidade de Inhambane. Tambem vivia lá o Piorro que era, mecânico da Deta.


Em Santarém havia também as instalações missionárias dos "mafundissas" (protestantes), junto á linha de Caminho de Ferro Inharrime/Inhambane. Chegava-se lá, passando pela Escola Técnica (Comercial e Industrial) Vasco da Gama, seguindo em frente, passando por uma Serração, pela casa do Rui e da Marcela e pela casa do Fiscal de Caça. 
A partir daí, a rua de terra batida começava a subir e, lá no alto, era a missão protestante, já em Santarém. 
Num Congresso, realizado em Novembro último na Universidade de Brasília, foi afirmado que os "mafundissas" (mestres indígenas moçambicanos) pregavam em nome de igrejas africanas independentes. 
Depois da linha, com acesso difícil de terra solta, moravam o Lino Moreira Pinto e o Faruque Ismael Valgy, alunos do Colégio de Inhambane. 
Até 1958, eu morei um pouco antes da Escola Técnica e, ao Sábado à tarde, via algumas Irmãs do Colégio a deslocarem-se a esse bairro periférico, acompanhadas por internas do Orfanato.
FERREIRA

Olá 
Lembram-se do gerente do Teatro Manuel Rodrigues, mais conhecido pelo Abreu (Danton de Abreu), pois é, eu sou o filho Renato Abreu, nascido a 17 de Março de 1962, na Terra da Boa Gente. 
Para vocês todos meus conterrâneos, um grande abraço 
RENATO ABREU



Caro RENATO 
É com satisfação que fico a saber de um filho do Danton de Abreu. Conta a tua vida . És filho da Pilar? Se isso é verdade, que é feito dela? Eu só conheci a Manuela que andou comigo no Colégio e que me disseram ter falecido. 
Bem vindo à n/ Comunidade e aparece sempre. 
Um abraço 
jasop


PARABÉNS, RENATO! 
Fazes hoje a bonita idade de 43 anos! 
Tambem nasci em Inhambane. Eu tinha 15 anos quando tu nasceste e lembro-me de ti, muito pequeno, a brincar na marginal, junto ao Clube de Inhambane. 
Um Abraço Inhambanense.
FERREIRA


É verdade, sou o filho do Danton de Abreu e da Pilar. 
Quanto ao meu pai e à minha irmÃã Manuela, já faleceram. 
A Pilar, essa sim, continua cheia de vida, reformada, mas vai exercendo medicina no Alentejo (Terena, concelho do Alandroal). A juntar a isto ainda arranja tempo para realizar espectáculos de Ballet (agora como professora) junto da mocidade Alentejana. 
Quanto à minha pessoa, agora com a provecta idade de 43 anos, sou Professor na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, divorciado e com uma filha que sai à Avó. 
A Moçambique espero voltar este ano a Maputo, em missão da minha escola. Se conseguir, e vou fazer os possíveis, vou até Inhambane, recordar os passeios e as brincadeiras junto à marginal. 
Até breve 
Renato Abreu


Olá Renato 
Confesso que não me lembro de ti mas muito bem da tua mãe, a D. Pilar, vagamente do teu pai e da Manuela... 
Andei na classe dela de ballet, no clube de Inhambane e também na patinagem artística... Éramos uns privilegiados! 
Gostei de a saber bem e gostava muito que lhe desses um beijinho meu, mesmo que ela já não se lembre da Nelinha, filha da Judite e do Costa ( dos Correios ) 
Mando-vos uma foto do início dos anos 60. 
Para avivar a memória da tua mãe, sou a 4ª miúda da direita. Ao meu lado, a Belinha Pauleta, ao meio, a Tininha, na ponta, à esquerda, a Marisa Guita. A 4ª menina da esquerda é a Didinha que, penso, casou com o Medina. A Gabi, irmã dela, é a 2ª à direita. 
Um abraço. NELA.


Se não mencionasses os nomes, nem te reconhecia.
Reconheci a Pilar e a Tininha, nada mais. Esta semana estive com a Belinha Pauleta, tenho que lhe telefonar para ela ver a foto. Ri-me a ver a minha grande amiga Marisa Guita, tão pequenina que ela era....   MANECAS

Ali é que vai uma AÇORDA, heih? 
Quantas bailarinas saíram dali? 
Eram tantas............. 
MARISA- Vê bem que eu tinha razão............... 
Beijinhos a todas.
jasop


Olá a todos, 
Olá Pegado. 
Tens toda a razão, no meio de tantas, quantas seguiram a carreira de bailarinas!!! 
Mas, a questão é complexa. Muito complexa, senão vejamos: 
- Se é certo que os pais, em geral, querem que os filhos sejam aquilo que eles próprios gostariam de ter sido, também devemos concordar que não há nada de errado que, naquelas idades e naquelas circunstâncias em que em Inhambane pouco ou nada havia para a ocupação dos tempos livres das rapariguinhas, frequentassem as tais aulas de ballet, porventura até, com sonhos e/ou delírios, de elevadas expectativas, de um dia poderem vir a ser famosas bailarinas. E a alegria e o gozo pelo facto de as menininhas usarem aqueles fatos de ballet, só por isso e para elas já valeria a pena essas aulas. Além de que o convivio naquelas tenras idades são um factor muito importante no desenvolvimento do caracter e da personalidade das mesmas. É tal e qual como os rapazes. Quantos rapazes não jogam à bola, se magoam, se sujam todos levando reprimendas das mães por isso, rebentam com os sapatos novos levando  tabefes dos pais por isso, faltam às aulas e desistem da escola por causa disso e que, depois de adultos, não seguem a carreira milionária e de fama de jogador profissional?!!! -Mas, como dizia no inicio, a questão é complexa porque, há que ver a outra face da "moeda". Quantas rapariguinhas teriam sido "obrigadas" a frequentar essas aulas de ballet contrariadas e que, "forçosamente", teriam sido um autêntico " martirio" para elas?!!! 
Enfim, é um assunto com "pano para mangas", complexo e pouco pacifico em que todas as opiniões têm o seu lado positivo e negativo sob o ponto de vista de cada um. 
Um abraço amigo, 
SALIMO

Primeiríssimas bailarinas!!! Vocês é que andaram distraídos e não  assistiram aos bailados...
Agora ...já não há nada a fazer, estamos todas reformadas!
Mas deixando-nos de brincadeiras, ainda bem que apareceu uma Pilar em Inhambane...!
Um beijinho para ela!
NELA

BEM VINDOS A INHAMBANE - MULTIPLY

2 comentários:

  1. O TEXTO ORIGINAL (NÃO FORMATADO) AINDA ESTÁ DISPONÍVEL EM http://inhambane.multiply.com/journal/item/3414

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  2. Fiquei deliciado, Fernando!

    Pela minha parte, obrigado!

    Aquele abraço
    Luís Pestana

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