domingo, 19 de fevereiro de 2017

DECÁLOGO DE ASSIS PARA A PAZ

A 4 de Março de 2002, o Papa João Paulo II enviou uma Carta a todos os Chefes de Estado e de Goveno com os Dez Mandamentos para a Paz:



Carta a todos os Chefes de Estado e de Governo do mundo - Decálogo de Assis para a Paz (4 de março de 2002) | João Paulo II



«O Decálogo de Assis para a Paz
1. Comprometemo-nos a proclamar a nossa firme convicção de que a violência e o terrorismo estão em oposição com o verdadeiro espírito religioso e, ao condenar qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião, empenhamo-nos em fazer tudo o que for possível para desenraizar as causas do terrorismo.
2. Comprometemo-nos a educar as pessoas no respeito e na estima recíprocos, a fim de poder alcançar uma coexistência pacífica e solidária entre os membros de etnias, culturas e religiões diferentes.
3. Comprometemo-nos a promover a cultura do diálogo, para que se desenvolvam a compreensão e a confiança recíprocas entre os indivíduos e entre os povos, pois são estas as condições para uma paz autêntica.
4. Comprometemo-nos a defender o direito de todas as pessoas humanas de levar uma existência digna, conforme com a sua identidade cultural, e de fundar livremente uma família que lhe seja própria.
5. Comprometemo-nos a dialogar com sinceridade e paciência, não considerando o que nos divide como um muro insuperável, mas, ao contrário, reconhecendo que o confronto com a diversidade do próximo pode tornar-se uma ocasião de maior compreensão recíproca.
6. Comprometemo-nos a perdoar-nos reciprocamente os erros e os preconceitos do passado e do presente, e a apoiar-nos no esforço comum para vencer o egoísmo e o abuso, o ódio e a violência, e para aprender do passado que a paz sem justiça não é uma paz verdadeira.
7. Comprometemo-nos a estar da parte de quantos sofrem devido à miséria e ao abandono, fazendo-nos a voz dos que não têm voz e empenhando-nos concretamente para sair de tais situações, convictos de que, sozinhos, ninguém pode ser feliz.
8. Comprometemo-nos a fazer nosso o brado de todos os que não se resignam à violência e ao mal, e desejamos contribuir com todos os nossos esforços para dar à humanidade do nosso tempo uma real esperança de justiça e de paz.
9. Comprometemo-nos a encorajar qualquer iniciativa que promova a amizade entre os povos, convictos de que, se não há um entendimento solidário entre os povos, o progresso tecnológico expõe o mundo a riscos crescentes de destruição e de morte.
10. Comprometemo-nos a pedir aos responsáveis das nações que façam todos os esforços possíveis para que, quer a nível nacional quer internacional, seja edificado e consolidado um mundo de solidariedade e de paz fundado na justiça.»