terça-feira, 20 de novembro de 2012

Portugal - O Futuro que se Avizinha

A partir do momento em que os portugueses tenham de viver com o que produzem internamente, sem as ajudas que têm existido, é provável que desapareçam o Serviço Nacional de Saúde, a educação tendencialmente gratuita, as pensões de reforma e outras facilidades. 
Quando perguntam quanto é que os portugueses estão dispostos a pagar para usufruir de um estado social, estão a dizer-nos que esse estado vai ser cada vez menos social. Com mais de um quarto da população portuguesa a subsistir já abaixo do limiar da pobreza, é de esperar que 2013 e principalmente 2014 sejam anos dramáticos. E se nada acontecer entretanto, 2015 e 2016 serão anos desastrosos para todos.
Já existe um grande número de portugueses que não volta do estrangeiro e que adopta a nacionalidade do país de acolhimento. As perspectivas não são animadoras, porque os habituais clientes das exportações portuguesas, estão com menos dinheiro para comprar. 
A multidão de pessoas, que já passa fome em Portugal, transforma-se rapidamente em meio milhão. E, a partir daí, a desnutrição torna-se endémica e tudo é possível.


Parece que as pessoas querem ignorar o que se avizinha, por ser demasiado mau. Já estivemos todos noutras situações desesperadas em que a nossa atitude foi esta e os acontecimentos apanharam-nos de surpresa. O que podia ter-se evitado, se quiséssemos encarar a realidade, transformou-se em desastre, porque não quisemos abandonar as nossas ilusões.

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