REFUNDAÇÃO
Desde ontem que assistimos a discussões acerca do significado da palavra usada pelo primeiro minstro de Portugal. Politólogos, linguareiros, jornaleiros e outros intectualóides da nossa praça debruçam-se sobre o eventual sentido que possa ter o termo "refundação".
Oh vil cambada de ignotos desconhecedores do rude linguajar camoniónico, ponde vossos óculos em mim, este exemplar acabado de conhecimento ancestral e de profunda sapiência!
REFUNDAÇÃO é o acto ou efeito de "tornar mais fundo" ( o nosso descontentamento), de "aprofundar" (as medidas de austeridade).
Se por um acaso fortuito, o distinto orador ministerial tivesse confundido "refundação" com "refundição" - e isso não era possível, porque o eminente, preclaro e ínclito tribuno nunca se engana - então estaríamos na presença de um acto de "mudar a forma" (do acordo com a Troika) ou de "reconfiguração" (dos termos em que tencionam acabar connosco).
De um modo ou de outro, estaríamos sempre REFUNDIDOS (derretidos, sumidos, desaparecidos, ou seja, "feitos em merda")!
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