sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ENSINO RECORRENTE

PARA QUEM VIVEU A EDUCAÇÃO DE ADULTOS!

http://www.fne.pt/files_old/carta_educativa/descri_se_0405_v3.pdf
FEDERAÇÃO NACIONAL DA EDUCAÇÃO


ENSINO RECORRENTE
Esta modalidade de ensino integra o subsistema da educação de adultos, permitindo a obtenção de um diploma ou certificado, equivalentes aos conferidos pelo ensino regular.
 Assegura assim, uma segunda oportunidade de acesso à escolaridade, aos que dela não usufruíram na idade própria, aos que abandonaram precocemente o sistema educativo e aos que o procuram por razões de promoção profissional ou cultural. Constitui um modelo de ensino integrado de educação e formação de adultos, em que se oferece a possibilidade de realização de estudos tipicamente organizados em horário pós-laboral. 
A idade mais elevada da maioria dos alunos, que procuram este tipo de ensino e a suas experiências pessoais mais complexas e diversificadas, implicam geralmente uma acentuada heterogeneidade nos grupos/turmas que se constituem nas escolas que oferecem este ensino. 
Esta especificidade e variedade dos públicos a que se destina o Ensino Recorrente, leva a uma oferta específica e autónoma em relação a outras modalidades de ensino formal, no que se refere 
a condições de acesso e de frequência, organização curricular e pedagógica, programas, avaliação dos alunos, etc. Oferece assim uma maior flexibilidade e diversidade das formas de organização, de frequência e avaliação das aprendizagens. Assegura porém, o paralelismo de níveis de ensino e tipologias das certificações, de modo a dar equivalência às existentes no ensino formal regular.  
Privilegia-se uma pedagogia diferenciada, conducente à autonomia e valorização dos saberes e experiências pertinentes do formando. A organização modular do currículo, responde á necessidade de uma maior flexibilidade deste, face á maior variabilidade cultural, etária, de disponibilidade pessoal e motivacional dos alunos deste ensino. O modelo de avaliação definido, articula a avaliação contínua em contexto de turma, com a capitalização de blocos ou 
módulos de aprendizagem, em que se encontram estruturados os programas das várias disciplinas curriculares. 
Admitem-se diferentes modalidades de frequência, com ou sem controle de presença nas actividades lectivas, em articulação directa com  as modalidades de avaliação, como meio de 
responder a diversos ritmos e condições de participação nas aprendizagens organizadas pela escola. 

O ensino recorrente enquanto valência da educação de adultos, visa a aquisição e desenvolvimento de atitudes, valores, competências e conhecimentos que favoreçam o crescimento cultural do aluno e a melhoria do  desempenho dos seus diferentes papeis na sociedade. O acesso a qualquer nível do ensino recorrente, depende da apresentação de certificado de conclusão do nível precedente  ou de avaliação diagnóstico globalizante que estabeleça a respectiva equivalência. 

IV.I - Ensino Básico 
O nível de ensino básico visa a eliminação do analfabetismo, a atribuição do diploma de escolaridade obrigatória, o prosseguimento de  estudos e o desenvolvimento de competências 
profissionais que permitam uma integração social adequada. Os cursos apresentam uma estrutura curricular assente em blocos capitalizáveis. Os cursos do Ensino Recorrente, à semelhança do Ensino Regular, estão também organizados em três ciclos: 
• 1º ciclo, tem programas de referência nas áreas de Português, Matemática e Mundo Actual, a partir dos quais cada formador deverá elaborar o seu próprio programa de formação em articulação com as competências gerais e interesses dos formandos; 
• 2º ciclo, cujo plano curricular abrange Português, Língua Estrangeira (obrigatória apenas em caso de prosseguimento de estudos), Área Multidisciplinar sobre o Homem e o Ambiente e Formação Complementar. Esta ultima área visa facilitar a intervenção na escola e na comunidade através de abordagens multidisciplinares de temas negociados entre professores e alunos; 
• 3º Ciclo, organizado por unidades capitalizáveis, o plano curricular compreende duas componentes 
1) formação geral – Português, Matemática, Língua Estrangeira, Ciências do Ambiente, Ciências Sociais e Formação Cívica 
e 2) Formação Técnica, escolhida pelos alunos entre Electricidade e Electrónica, Construção Civil, Metalomecânica, Química, Administração Serviços e Comércio, Artes Visuais e Comunicação e Animação Social. E ainda duas unidades no  âmbito das Tecnologias de Informação e Comunicação. 
Para permitir o acompanhamento contextualizado do projecto pessoal de formação, por parte da equipa educativa envolvida, é estabelecido entre a escola e o aluno, um Itinerário Individual de 
Formação que deve ser actualizado sempre que se verifiquem alterações pertinentes no percurso escolar. No acto de formalização deste itinerário, o aluno pode optar pela modalidade de frequência em regime presencial ou em regime não presencial. 

IV.II – Ensino secundário

Este nível de ensino também se estrutura de modo paralelo ao do Ensino Regular do mesmo nível, tendo porém regras de organização, funcionamento e avaliação específicos, em função das características e objectivos que lhe são próprios. Os 19 cursos actualmente oferecidos neste nível e tipo de ensino são de três tipos: 
1 - Científico-Humanísticos: 
Ciências e Tecnologias; 
Ciências Socio-económicas; 
Ciências Sociais e Humanas; 
Línguas e Literaturas; 
Artes Visuais. 
2 - Tecnológico: 
Construção Civil e Edificações; 
Electrotecnia e Electrónica; 
Informática; 
Design de Equipamento; 
Multimédia; 
Administração; 
Marketing; 
Ordenamento do Território e Ambiente; 
Acção Social; 
Desporto. 
3 - Artístico Especializado: 
Comunicação Audiovisual; 
Design de Comunicação; 
Design de Produto; 
Produção Artística. 
Os planos de estudo dos cursos artísticos especializados, são construídos sobre matriz curricular constante de diploma próprio, enquanto que para os outros dois tipos de cursos se utiliza a 
mesma matriz curricular do ensino regular constante do Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março. 
Tal como no ensino básico, o modelo de avaliação concilia a avaliação contínua com a capitalização de módulos de aprendizagem, em articulação com os respectivos regimes de 
frequência. Os cursos tecnológicos e artísticos especializados conferem certificação profissional nível 3, para além da certificação académica do ensino secundário. 

http://www.fne.pt/files_old/carta_educativa/descri_se_0405_v3.pdf

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