UCRÂNIA - NOS ÚLTIMOS CEM ANOS
1922 – Em
Dezembro de 1922, a Ucrânia torna-se membro fundador da União Soviética.
1932-1933 –
Devido à coletivização das terras, decretada por Stalin, a produção agrícola
entrou em declínio e deu origem à “Holodomor” (Grande Fome), em que morreram de
fome milhões de ucranianos. Em 2010, o Tribunal de Apelação de Kiev considerou
postumamente Staline, Kaganoviche e outros funcionários do Partido Comunista
Soviético culpados de genocídio contra ucranianos durante a fome do Holodomor.
1936-1938 –
“Grande Purga” ou “Grande Terror”, em que Joseph Stalin eliminou os seus
opositores políticos, provocando a morte a um número situado entre 700 mil e
1,2 milhões de pessoas.
1946-1947 –
“Grande Fome”, devido à destruição de infraestruturas durante a Segunda Guerra
Mundial, em que morreram dezenas de milhar de pessoas.
1953 – Milhões de
ucranianos (incluindo alemães da Ucrânia e ucranianos da Crimeia) são
deportados. Neste ano, morre Stalin.
1954 – Já sob o
governo de Nikita Khrushchev, a Crimeia passa da República Socialista
Federativa Soviética Russa para a República Socialista Soviética Ucraniana.
1964 – Leonid
Brezhnev, com origem na Ucrânia, tal como muitos membbros da liderança
soviética, sucedeu a Khrushchev.
1986 – Desastre
de Chernobyl, com a explosão da Central nuclear, que foi o pior acidente de um
reactor nuclear de sempre. Na época, 26 de Abril de 1986, 7 milhões de pessoas
foram afectadas, incluindo 2,2 milhões na Ucrânia.
1991 – A Ucrânia
declarou a independência a 24 de Agosto, a seguir à dissolução da URSS. Foi
reconhecida quatro meses depois.
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Declarou-se um estado neutro, formando uma parceria
militar limitada com a Rússia e outros países da CEI (Comunidade de Estados
Independentes), que integra 12 estados, entre efectivos, associados e observadores.
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A Ucrânia é um dos países mais pobres da
Europa, mas é um dos maiores exportadores de cereais do Mundo.
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É membro das Nações Unidas, do Conselho da
Europa, da Organização para a Segurança e
Cooperação na Europa ( OSCE ), da Organização para a Democracia e
Desenvolvimento Económico (em conjunto com a Geórgia, Azerbeijão e Moldávia), da
Associação TRIO (juntamente com a Geórgia e a Moldávia) e do Triângulo de Lublin
(com a Lituânia e a Polónia).
1994 - Estabelece
uma parceria com a OTAN.
2013 - O presidente Viktor Yanukovych suspendeu o
Acordo de Associação Ucrânia-União Europeia em favor de laços económicos mais
estreitos com a Rússia.
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Em consequência, registaram-se protestos e
manifestações (Euromaidan), que deram origem à "Revolução da
Dignidade", que derrubou o presidente Yanukovych e deu origem a um novo
governo.
2014 - Na
sequência destes acontecientos, a Rússia anexou a Crimeia em Março.
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Em Abril começou a Guerra em Donbas entre
ucranianos e separatistas apoiados pela Rússia. Em Setembro, é assinado um
cessar-fogo pelo Acordo de Minsk.
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A 2 de Maio deu-se um massacre de
sindicalistas em Odessa, no Mar Negro, que causou 40 mortos (carbonizados) e
200 feridos e ficou conhecido por “Massacre da Casa dos Sindicatos”. O ataque
foi dirigido pelo grupo “Pravyy Sektor” (Setor Direito), que incendiou o
edifício, auxiliado por holigans do clube Chernomorets. Era presidente
interino, durante 115 dias, Oleksandr Turchynov, a que lhe sucedeu Petro
Poroshenko, de 2014 a 2019. Embora devidamente identificados, os responsáveis
pelo massacre nunca foram levados a julgamento.
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A 5 de Maio é criado o Batalhão Azov, unidade
de operações especiais, dirigido por Denys Prokopenko e parte da Guarda
Nacional da Ucrânia. São considerados neo-nazis e neo-fascistas e acusados de
violações de direitos humanos e crimes de guerra.
2019 – Volodymyr
Zelenskyy torna-se presidente a 20 de Maio.
2022 - A Rússia
invade a Ucrânia em 24 de Fevereiro, depois de reconhecer as autoproclamadas
repúblicas populares de Donetsk e Luhansk três dias antes.
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