Observadora atenta da realidade que nos envolve, Deolinda Domingues Alves desloca a sua atenção para os diferentes focos de violência que grassam pelo Mundo, que tanto pode ser na Ucrânia como na Nigéria, na Palestina ou na Síria, no Iraque ou na Venezuela.
Sem referir qualquer local em concreto, esta professora aposentada descreve toda a miséria e infelicidade que atinge os povos flagelados pela guerra ("Torturados e esquecidos") e caracteriza a sua triste situação ("Sem lar, Sem pão, Sem Terra...").
NO MAR DA VIOLÊNCIA
Poema de Deolinda Domingues Alves
Um
olhar vazio
Em rostos
pálidos,
Deixados
à deriva
No
barco da vida
Rostos
de esperança perdida,
Torturados
e esquecidos,
À
beira do abismo
Gaivotas
feridas
De
asas partidas,
Que
já não podem voar
Vítimas
da guerra
Sem
lar,
Sem
pão,
Sem
Terra…
Tentando
sobreviver no limite
Rostos
que morrem às mãos,
De
quem,
Porque
ignora a dimensão do Amor,
Lhes
cala a voz
E
acende a chama do terror
Choram,
em silêncio,
A
sua desdita!
E,
sem forças para vencer,
Naufragam
no mar da violência…
Deolinda Domingues Alves
Leiria
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