MOÇAMBIQUE - GOVERNADORES GERAIS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX
- Manuel Pimentel Pereira dos Santos - 1972-1974;
- Eduardo de Arantes e Oliveira - 1970-1972;
- Baltasar Rebelo de Sousa - 1968-1970;
- José Augusto da Costa Almeida - 1964-1968;
- Manuel Maria Sarmento Rodrigues - 1961-1964;
- Pedro Correia de Barros - 1958-1961;
- Gabriel Maurício Teixeira - 1948-1958.
- Manuel Pimentel Pereira dos Santos (1919-2006), Engenheiro Civil.
- Engenheiro Eduardo de Arantes e Oliveira.(1907-1982).
- Dr. Baltasar Rebelo de Sousa (1921-2002).
- General José Augusto da Costa Almeida (1912-1998).
- Almirante Manuel Maria Sarmento Rodrigues (1899-1979).
- Capitão de Mar e Guerra Pedro Correia de Barros (1911-1968).
- Comandante Gabriel Maurício Teixeira (1897-1973).
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
segunda-feira, 5 de agosto de 2019
LUSO - O QUE DIZEM OS AZULEJOS
O QUE DIZEM OS AZULEJOS DA FONTE DE S. JOÃO
Luso, Terra Milenar.
Luso (no original em latim "Lusum") já existia antes da reconquista cristã da cidade de Coimbra em 1064 (79 anos antes da fundação de Portugal), sendo nessa altura suficientemente importante para ser ponto de referência para ajudar a localizar um dos mais importantes Conventos de Portugal: o Convento da Vacariça! Infelizmente, a localização exacta desse Convento perdeu-se em finais da Idade Média e permanece hoje em dia, como um mistério arqueológico e histórico. Completam-se em 2014, 950 anos de história documentada desse lugar de Luso: quase um milénio de história ligada à água!
Luso, Terra de Água.
Alimentado por toda a Serra, é nessa encosta da Serra do Buçaco que se encontra o maior complexo hidrológico do país, com destaque para esta Fonte de S. João, e para o "Banho de Luso" (descrito pela primeira vez em 1726 e que é a origem da marca "Água do Luso"). Inúmeras fontes. diques, minas, canais de rega e até de uma misteriosa galeria subterrânea chamada "A Ribeira Velha", propiciaram as condições ideais para a construção de um enorme complexo medieval de moinhos movidos a água, muitos dos quais ainda hoje se pode observar.
Luso, Terra de Burriqueiros.
Os moinhos e moleiros de Luso foram essenciais para a prosperidade dos vizinhos vales da Vacariça, Várzeas e Monssaros, transformando os cereais lá produzidos em preciosa farinha para que se pudesse cozer o pão. O burro era o principal meio de transporte desses moleiros, trazendo o grão e levando a farinha, depois de moída, de volta à origem. O facto de os moleiros de Luso possuírem burros e de se fazerem sempre acompanhar por eles, rendeu-lhes a alcunha de "burriqueiros" junto de gentes de terras vizinhas, alcunha essa que foi definitivamente adoptada e ainda hoje é utilizada pelos habitantes de Luso com grande orgulho e humor.
Luso, Terra de Turismo.
Em meados do século XIX, a industrialização tornou obsoletos os moinhos, mas, com o caminho de ferro, tornou igualmente possível o nascimento da indústria turística, o que levou a adaptação do burro, para que todos os turistas, mesmo os de mobilidade mais limitada, pudessem desfrutar plenamente da majestosa Mata do Buçaco. Com o turismo surgiram novas profissões, sempre tirando partido da abundância local da água, como as lavadeiras, que lavavam nelas as roupas e atoalhados dos hotéis e como as aguadeiras que, com cântaros e bilhas de barro, abasteciam de água potável todos os lares e hotéis desta vila.
Luso, Terra da Bairrada.
LUSO TERRA DA BAIRRADA
Bairrada significa "Terra de Barro", sendo dessa terra de barro que sai o vinho desta região demarcada e famosa pelos seus tintos e espumantes, bem como os paus de videira com que se aquecem os fornos para a famosa gastronomia desta região, como é o caso do leitão assado. É também do barro desta região, que são feitos os milenares cântaros de barro que, por serem porosos, transpiram, refrescando de forma engenhosa a água no seu interior e conservando-a tal e qual como tivesse acabado de brotar da pureza da montanha.
Luso, Terra Milenar.
Luso (no original em latim "Lusum") já existia antes da reconquista cristã da cidade de Coimbra em 1064 (79 anos antes da fundação de Portugal), sendo nessa altura suficientemente importante para ser ponto de referência para ajudar a localizar um dos mais importantes Conventos de Portugal: o Convento da Vacariça! Infelizmente, a localização exacta desse Convento perdeu-se em finais da Idade Média e permanece hoje em dia, como um mistério arqueológico e histórico. Completam-se em 2014, 950 anos de história documentada desse lugar de Luso: quase um milénio de história ligada à água!
Luso, Terra de Água.
Alimentado por toda a Serra, é nessa encosta da Serra do Buçaco que se encontra o maior complexo hidrológico do país, com destaque para esta Fonte de S. João, e para o "Banho de Luso" (descrito pela primeira vez em 1726 e que é a origem da marca "Água do Luso"). Inúmeras fontes. diques, minas, canais de rega e até de uma misteriosa galeria subterrânea chamada "A Ribeira Velha", propiciaram as condições ideais para a construção de um enorme complexo medieval de moinhos movidos a água, muitos dos quais ainda hoje se pode observar.
Luso, Terra de Burriqueiros.
Os moinhos e moleiros de Luso foram essenciais para a prosperidade dos vizinhos vales da Vacariça, Várzeas e Monssaros, transformando os cereais lá produzidos em preciosa farinha para que se pudesse cozer o pão. O burro era o principal meio de transporte desses moleiros, trazendo o grão e levando a farinha, depois de moída, de volta à origem. O facto de os moleiros de Luso possuírem burros e de se fazerem sempre acompanhar por eles, rendeu-lhes a alcunha de "burriqueiros" junto de gentes de terras vizinhas, alcunha essa que foi definitivamente adoptada e ainda hoje é utilizada pelos habitantes de Luso com grande orgulho e humor.
Luso, Terra de Turismo.
Em meados do século XIX, a industrialização tornou obsoletos os moinhos, mas, com o caminho de ferro, tornou igualmente possível o nascimento da indústria turística, o que levou a adaptação do burro, para que todos os turistas, mesmo os de mobilidade mais limitada, pudessem desfrutar plenamente da majestosa Mata do Buçaco. Com o turismo surgiram novas profissões, sempre tirando partido da abundância local da água, como as lavadeiras, que lavavam nelas as roupas e atoalhados dos hotéis e como as aguadeiras que, com cântaros e bilhas de barro, abasteciam de água potável todos os lares e hotéis desta vila.
Luso, Terra da Bairrada.
LUSO TERRA DA BAIRRADA
Bairrada significa "Terra de Barro", sendo dessa terra de barro que sai o vinho desta região demarcada e famosa pelos seus tintos e espumantes, bem como os paus de videira com que se aquecem os fornos para a famosa gastronomia desta região, como é o caso do leitão assado. É também do barro desta região, que são feitos os milenares cântaros de barro que, por serem porosos, transpiram, refrescando de forma engenhosa a água no seu interior e conservando-a tal e qual como tivesse acabado de brotar da pureza da montanha.
sábado, 9 de fevereiro de 2019
A partir desta foto de Inhambane, publicada pelo Amigo Eduardo Calane no Facebook por volta do ano 2011, desenvolveu-se uma animada conversa entre diversos intervenientes:
Fernando Ferreira - Toda esta beleza é em frente ao Colégio (agora Escola Secundária).
Para baixo, anexo ao gradeamento está a bancada e, lá ao fundo, ao nível da Baía de Inhambane, fica o campo de jogos.
- O disco de vinil estava riscado, repetia sempre a mesma coisa e a serenata acabou em fiasco!
- Por exemplo a pesca dos ananases. Agarrávamos alguns ananases no início das colunas, por baixo da ponte-cais. Depois levávamos lá algum recém-chegado a Inhambane. Animados pelo que encontravam no princípio, iam avançando pelas colunas, até que a água salgada os atingia. Depois de bem molhados, retiravam para terra e às vezes ficavam lá os ananases...
- Quem ousa perturbar a paz dos mortos nesta noite, que é a última da tua vida!...
E ia avançando sempre, com o lençol a fazer de asas, até que o visado largou saco, largou pau, largou tudo, e começou a fugir rua abaixo!
AHHHH!!! Grande malandro..
Nao contas quando cortaste a energia no quadro, enquanto decorria a inauguracao da maquina de projectar filmes do bendito Colegio com o bom do Bispo Ernesto como Convidado de Honra das Freiras?
E das consequencias que ate sobraram para mim quando fomos chamados ao gabonete da Senior?
Bem,eh melhor ficar por aqui..
Por gozos nunca de antes praticados
Muito distinguiram a espécie humana
Em brincadeiras e broncas esforçados
Mais do que permitia a arte insana
Entre gente sossegada se notaram
Pelas aulas em que tanto gozaram.
Fernando Ferreira - Toda esta beleza é em frente ao Colégio (agora Escola Secundária).
Para baixo, anexo ao gradeamento está a bancada e, lá ao fundo, ao nível da Baía de Inhambane, fica o campo de jogos.
Milly Barreiros - Muito me contas... As coisas que eu tenho aprendido! A verdade é que, envergonhada embora, não conheci Inhambane! O paraíso na terra, dizem. Obrigada Eduardo pela partilha, obrigada Fernando pelas explicações.
Fernando Ferreira - E nem queiras saber as cenas edificantes que por lá aconteceram...
Atrás daquele gradeamento, colocávamos um gira-discos e, em "play-back" procedíamos a uma serenata, fazendo os gestos de quem cantava e tocava no disco. Até que um dia aconteceu o inevitável:- O disco de vinil estava riscado, repetia sempre a mesma coisa e a serenata acabou em fiasco!
Milly Barreiros - Ah ah ah! Mas vocês inventaram o play back... Boa. rsrsrsrs.
Fernando Ferreira - Só não sabíamos que se chamava assim...
Mas inventámos mais coisas:- Por exemplo a pesca dos ananases. Agarrávamos alguns ananases no início das colunas, por baixo da ponte-cais. Depois levávamos lá algum recém-chegado a Inhambane. Animados pelo que encontravam no princípio, iam avançando pelas colunas, até que a água salgada os atingia. Depois de bem molhados, retiravam para terra e às vezes ficavam lá os ananases...
Milly Barreiros - Ah ah ah... Melhor que a caça aos gamosinos... rsrsrsrs (Agora ri-me com vontade!).
Fernando Ferreira - Gambozinos ou majengros, também os havia por detrás do Cemitério. Para uns eram galinhas grandes, para outros eram coelhos gordos.
Numa noite de chuva e trovoada, alguém que Deus já lá tem, enrolado num lençol branco, avançou para o desgraçado, que caíu na história da caçada, enquanto ia dizendo:- Quem ousa perturbar a paz dos mortos nesta noite, que é a última da tua vida!...
E ia avançando sempre, com o lençol a fazer de asas, até que o visado largou saco, largou pau, largou tudo, e começou a fugir rua abaixo!
Milly Barreiros - Eu hoje acabo-me a rir... rsrsrsrsrs E eu a pensar fazer uma meditação preparatória para amanhã... ah aha ah... A conversa tá boa, mas tenho de emalar a trouxa para levar amanhã para as férias. Tudo do melhor. Abreijinhos.
Fernando Ferreira - Mas esta é mesmo a melhor meditação!Vais chegar à sala de operações a rir-te! O maior êxito na tua operação. Boa Noite.
Milly Barreiros - Da outra vez, faz seis anos em Abril, pus os cirurgiões a rirem-se. Ajuda melhor. Obrigada, Fernando pela companhia e boa disposição. Obrigada por tudo. Boa noite.
Eduardo Calane - Fernando Ferreira
Contas apenas o que é publicavel em local tao respeitado e santo como este aqui...AHHHH!!! Grande malandro..
Nao contas quando cortaste a energia no quadro, enquanto decorria a inauguracao da maquina de projectar filmes do bendito Colegio com o bom do Bispo Ernesto como Convidado de Honra das Freiras?
E das consequencias que ate sobraram para mim quando fomos chamados ao gabonete da Senior?
Bem,eh melhor ficar por aqui..
Milly Barreiros - Mas que malandretes! Eram frescos, vocês... Mas eram traquinices saudáveis e respeitosas... hoje as partidas não têm graça nenhuma porque são só a achincalhar ou destruir... Bem hajam. Deus vos abençoe.
Fernando Ferreira - Por acaso não me lembrei dessa...
Mas estaríamos aqui toda a noite e desfiar o rosário das malfeitorias que por lá iam sendo praticadas, para gáudio dos alegres comparsas de Inhambane e completo desespero das sisudas Irmãs, que, à distância, acabaram por se rir também!
Milly Barreiros - Recordar é viver...
Fernando Ferreira - Os cábulas e gozões assinalados
Que nesta linda cidade de InhambanePor gozos nunca de antes praticados
Muito distinguiram a espécie humana
Em brincadeiras e broncas esforçados
Mais do que permitia a arte insana
Entre gente sossegada se notaram
Pelas aulas em que tanto gozaram.
Milly Barreiros - ih ih ih... Boa! Modernamente há outros... Mais tristes... Menos engraçados. Isso é que os meninos se divertiam! Muito bem. É o que melhor se leva... rsrsrsrs Bendita frescura da juventude! Como alguém podia levar a mal, a sério, brincadeiras tão ingénuas e engraçadas'... Obrigada. Agora vou mesmo deixar-vos. Ainda tenho muito que fazer e depois madrugar.. Duvido que no hotel me deixem dormir a sesta... Bjinhos. Inté. Fui.
Jorge Martins - Aqui neste local fui feliz...
Fernando Ferreira - Quem viveu em Inhambane, não pode ser feliz noutro lugar!...
Jorge Martins - Vamos Ferreira, estou de mala pronta...
Milly Barreiros - Mas vocês são os mesmos... Só mais velhos. Essas vivências, essas recordações são vossas. Ninguém vo-las tira... É só preciso adaptar-se e tentar viver o melhor possível, em qualquer lugar, seja onde for... A felicidade tem de habitar-nos, ou morremos secos. Se não podemos ter tudo o que amamos, amemos tudo o que temos... (Disse alguém, e eu assino por baixo).
Dé Guiúa - Quem ia gostar de ler isto tudo era o Cassamo pois ele também fazia serenatas às meninas internas. Vou ver se ele vem até aqui....
José Emanuel Cerqueira - No intervalo das aulas passámos aqui bons momentos.Não me esqueço.
Fernando Ferreira - Dentro das aulas, também nós, alunos, passávamos "bons" momentos! Não seriam tão "bons" para as reverendas e os reverendos a quem fazíamos a vida cara (por volta de 1960) e lamentavam a hora em que tinham ido parar ao Colégio de Inhambane... Alguém disse, no auge do desespero, que aquilo ali era um "manicómio auto-gerido" ("em auto-gestão" - emendámos nós).
António Henrique Alves Monteiro - Vocês deviam ser frescos e, faltava a Adosinda que já era burra velha...
Fernando Ferreira - Quando um de nós comentou que nos fiscalizavam demais, alguém respondeu:
- Se vocês fossem deixados à vontade, há muito tempo que tinham mudado o Colégio para o meio da Baía!...
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