quarta-feira, 20 de novembro de 2013

35 PRINCIPAIS MARCAS DE RELÓGIOS

Como se sabe, a Suíça é o país por excelência para o fabrico de relógios. A sua indústria de relojoaria teve as suas raízes em meados do séc. XVI.
Em 1541, Calvino proibiu o uso de jóias, o que levou os artífices a virarem-se para o fabrico de relógios.
No fim do século, os fabricados em Genève tinham já uma reputação de altíssima qualidade.
Cem anos mais tarde, havia já uma legião de relojoeiros naquela cidade, o que levou alguns a mudarem-se para as montanhas da região do Jura.
Em 1790, Genève exportava já para cima de 60 mil relógios.

Nos nossos dias, marcas francesas, alemãs, italianas, inglesas e de outros países, projectam as suas "máquinas de medir o tempo" nos seus próprios países, mas fazem questão de que sejam fabricadas na Suíça, por uma questão de prestígio. Tudo isto, a par das marcas suíças de origem.

35 Marcas Principais de Relógios (por ordem alfabética), respectivos países de origem e "sites" na Internet:

        A.    LANGE & SOEHNE - Alemanha

AUDEMARS PIGUET - Suíça

BAUME ET MERCIER - Suíça

BELLROSS - Suíça

BLANCPAIN - Suíça

BREGUET - Suíça

B. R. M. - França

CARTIER - França

CHANEL - França

CHOPARD - Suíça

CORUM - Suíça

DIOR - França

GIRARD PERREGAUX - Suíça

HUBLOT - Suíça

IWC - Suíça

JAEGER LECOULTRE - Suíça

L LEROY – França
www.montres-leroy.com/

LOUIS VUITTON - França

MONTBLANC - Alemanha

OMEGA - Suíça

PANERAI - Itália

PATEK PHILIPPE - Suíça

PIAGET - Suíça

RICHARD MILLE - Suíça

ROGER DUBUIS - Suíça

ROLEX - Suíça

TAG HEUER - Suíça

TUDOR - Suíça

VACHERON CONSTANTIN - Suíça

ZENITH - Suíça



domingo, 10 de novembro de 2013

"OUTONO" - um poema de Deolinda Domingues Alves

A exuberância da química das cores do Outono é realçada neste poema de Deolinda Domingues Alves, num notável exercício de contemplação: o laranja e o vermelho ("encarnado"), o negro e o roxo, o verde e o azul, o claro e o escuro, todas as tonalidades se conjugam para a Natureza ir revelando esta sua fase de transição, entre a "longa secura" do Verão e os dias frios do Inverno, que se aproxima sem piedade.

As vinhas e os pomares plenos de frutos, o cair da folha, a terra molhada, a celebração da vida neste aspecto particular do equinócio outonal, com a natureza a envelhecer e os belos entardeceres já a pedirem outros aconchegos.
Deolinda Domingues Alves termina este seu poema com uma nota nostálgica, ao referir-se à Natureza, que fica triste quando um poeta eventualmente deixa de estar entre nós.


OUTONO

Uma exuberância de cores
Estende-se p'la terra escura
Que já refrescou,
Após longa secura

O laranja e o encarnado
- As cores do entardecer.
E, com elas, se vestem as nuvens
Pr'a embalarem o sol poente
Quando vai adormecer

O contraste
E a mistura do claro e do escuro!...

O negro e o roxo
- As cores das muitas mágoas;
O matiz deleitoso,
Do verde e do azul das águas

No vale e na colina,
Cumprindo o ciclo da vida,
Vinhedos e pomares
Oferecem a delícia dos frutos
Com uma ternura divina!

E, num misto de oração
E de poesia bem sentida,
As árvores deixam cair
Lágrimas de madrugada
Pr'a celebrar o amor
Pela terra já humedecida

Com uma doação infinita
Vai-se revelando a Natureza,
Enquanto os poetas
Celebram a vida
Nos poemas que escrevem,
Repletos de singular beleza

Mas, se um poeta morre,
Invade-nos a nostalgia,
Fica triste a Natureza,
Chora, de saudade, a poesia!...

Deolinda Domingues Alves - Leiria

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Carta ao Presidente Guebuza - Por Carlos Nuno Castel-Branco

Por Carlos Nuno Castel-Branco

Senhor Presidente, você está fora de controlo. Depois de ter gasto um mandato inteiro a inventar insultos para quem quer que seja que tenha ideias sobre os problemas nacionais, em vez de criar oportunidades para beneficiar da experiência e conhecimentos dessas pessoas, agora você acusou os media de serem culpados da crise política... nacional e mandou atacar as sedes políticas da Renamo.

A crise político-militar que se está a isntalar a grande velocidade faz lembrar as antecâmaras do fascismo. Em situações semelhantes, Hitler e Mussolini, Salazar e Franco, Pinochet e outros ditadores militares latino-americanos, Mobutu e outros ditadores africanos, foram instalados no poder, defendidos pelo grande capital enquanto serviam os interesses desse grande capital, e no fim cairam.

Será que você, senhor Presidente, se prepara para a fascização completa do País? Destruir a Renamo, militarmente, é um pretexto. Fazer renascer a guerra é um pretexto. Parte do problema dos raptos - não todo - e do crime e caos urbano é um pretexto. Permitir a penetração da Al Quaeda em Moçambique é um pretexto. Pretexto para quê? Para suspender a constituição e aniquilar todas as formas de oposição, atirando depois as culpas para os raptores e outros criminosos e terroristas, ou para aniquilá-los em nome da luta pela estabilidade.

Senhor Presidente, você pode estar a querer fascizar o País, mas não se esqueça que a sua imagem e a do seu partido estão muito descredibilizadas - por causa de si e do seu exército de lambe botas. E essa credibilidade não se recupera com palavars e com mortos. Só se pode recuperar com a paz e a justiça social. O que prefere, tornar-se num fascista desprezível e, a longo prazo, vencido? Ou um cidadão consciente e respnsável que defendeu e manteve a paz e sugurança dos cidadãos, evitando a guerra e combatendo o crime?

Senhor Presidente, você tem que ser parte da solução porque você é uma garnde causa do problema. Ao longo de dois mandatos, quem se rodeou de lambe botas que lhe mentem todos os dias, inventam relatórios falsos e o assessoram com premissas falsas? Quem deu botas a lamber e se satisfez com isso, com as lambidelas? Quem se isolou dos que realmente o queriam ajudar por quererem ajudar Moçambique e os moçambicanos, sem pretenderem usufruir de benefícios pessoais? Quem preferiu criar uma equipa de assessores estrangeiros ligados ao grande capital multinacional em vez de ouvir as vozes nacionais ligadas aos que trabalham honestamente? Quem insultou, e continua a insultar, os cidadãos que apontam problemas e soluções porque querem uma vida melhor para todos (meamo podendo estar errados, honestamente lutam por uma vida melhor para todos)?

Quem acusa os pobres de serem preguiçosos e de não quererem deixar de ser pobres? Quem no principio e fim dos discursos fala do maravilhoso povo, mas enche o meio com insultos e desprezo por esse mesmo povo?

Quem escolheu o caminho da guerra e a está a alimentar, mesmo contra a vontade do povo maravilhoso? Quem diz que a guerra, e o desastre humanitário a ela associado, é um teste à verdadeira vontade de paz do povo maravilhoso? Por outras palavras, quem faz testes politicos com a vida do povo maravilhoso? Quem deixa andar o crime, a violência e a pobreza, quem deixa andar a corrupção, o compadrio e as associações criminosas? Quem nomeia, ou aceita a nomeação, de um criminoso condenado a prisão maior para comandante de uma das principais forças policiais no centro do país?

Quem se apropria de toda a riqueza e ao povo maravilhoso oferece discursos e dessse maravilhoso povo quer retirar (ou gerir, como o senhor diz) qualquer expectativa? Quem só se preocupa com os recursos que estão em baixo do solo, mandando passear as pessoas,os problemas e as opções de vida construídas em cima desse solo? Quem privatiza os benefícios económicos e financeiros dos grandes projectos, e depois mente dizendo que ainda não existem?

Quem se defende nos media internacionais dizendo que passou todos os seus negocios para os familiares enquanto é presidente - e quem é suficientemente idiota para aceitar isto como argumento e como defesa? 

Quem divide moçambicanos em termos raciais e étnicos, regionais e tribais, religiosos e políticos - já agora, o que são moçambicanos de gema? Serão os autómatos despersonalizados e ambiciosos que nascem das gemas dos seus patos? O que são moçambicanos de origem asiática, europeia ou africana - são moçambicanos ou não são?

Quem ficou tão descontrolado que hoje acusa os media de serem criadores do clima que se vive no país - foram os media que se apropriaram das terras, iniciaram uma guerra, deixam andar o crime urbano e foram pedir conselhos ao Zé Du? Que tipo de media você quer? Um jornal noticias que não tem uma referência destacada a três grandes manifestações populares pela paz e seguranca e justiça social que aconteceram ontem no nosso país, embora tenha uma noticia sobre manifestações contra violações no Quénia? Porque é que as manifestações dos outros são verdade e as nossas mentira?

E, já agora, senhor Presidente, pode esclarecer-nos quem matou Samora?

Senhor Presidente, você não merece representar a pérola do Indico nem liderar o seu povo maravilhoso. E desmerece-o mais cada dia. Você foi um combatente da luta de libertação nacional e um poeta do combate libertador, mas hoje não posso ter a certeza que liberdade e justiça tenham sido seus objectivos nessa luta heróica.

O povo maravilhoso, ontem, prestou homenagem a Mocambique, a Mondlane e Samora, aos valores mais profundos da moçambicanidade cidadã e da cidadania moçambicana. Foi bonito ver as pessoas a manifestarem-se por causas justas comuns, a partilharem a água e as bolachas, a abraçarem-se e distribuirem sorrisos, a apanharem o lixo que uma tão grande multidão não poderia deixar de criar. Foi bonito ver quão bonitos e cívicos Moçambique e os moçambicanos, na sua variedade, são. Foi bonito ver os cidadãos aplaudirem a polícia honesta e abraçarem os seus carros, e os polícias absterem-se de atacar os cidadão. Foi bonito ver que conseguimos juntar uma multidão consciente, cívica e honesta, que o seu porta voz partidário, Damião José, foi incapaz de desmobilizar. Foi bonito ver a bandeira e o hino nacionais a cobrirem todos os moçambicanos, moçambicanos que são só moçambicanos e nada mais.

E no seu civismo e afrimação da cidadania moçambicana, esta multidão para si só tinha três palavras: "fora, fora, fora". Tenha dignidade e, pelo menos uma vez na vida, respeite os desejos do povo. Reuna os seus patos e saia, saia enquanto ainda há portas abertas para sair e tempo para caminhar. Não tente lutar até ao fim. Isso só vai trazer tragédia, mortes e sofrimento para todos e, no fim, inevitavelmente, você e todos os outros belicistas, criminosos e aspirantes a fascistas, sejam de que partido forem, serão atirados para o caixote do lixo da história. Saia enquanto é tempo, e faça-o com dignidade. Ninguém se esquecerá do que você fez - de bem e de mal - mas perdoa-lo-emos pelo mal por, pelo menos no fim, ter evitado uma tragédia social e saído com dignidade.

Que, pelo menos, o seu último acto seja digno e merecedor deste povo maravilhoso. E, enquanto se prepara para sair, por favor devolva ao país e ao Estado a riqueza de que você, a sua família e o seu grupo de vassalos e parceiros multinacionais se apropriaram. Leve os seus patos mas deixe o resto. E, por favor, use as presidências abertas, pela última vez, mas para se despedir, pedir desculpas e devolver a riqueza roubada.

Saia, senhor Presidente, enquanto ainda é suficientemente Presidente para sair pelas suas próprias pernas.

Você sabe, de certeza, o que quer dizer "A Luta Continua!" Então, saia.

E não perca tempo a abater ou mandar abater ou encorajar a abater ou deixar abater alvos seleccionados, sejam eles quem forem. O sangue de cada um desses alvos só vai engrossar ainda mais o rio em cheia que o atirará a si, e seus discípulos, como carga impura, para as margens do rio poderoso fertilizadas pela luta popular. O povo não morre, e é o povo, não um alvo seleccionado, seja quem for, quem faz a revolução. Não se esqueça que a fúria do rio em cheia é proporcional à água que nele flui e à pressão que sobre ele exercem as margens opressoras.

Senhor Presidente, não tente fascizar Moçambique. Se o fizer, pode levar tempo, podem muitas vidas ser encurtadas pelas suas forças repressivas de elite, mas se seguir este caminho, você sairá derrotado. A história não perdoa.

Adeus, senhor Presidente, vá descansar na sua quinta com a sua família e dê à paz e à justiça social uma oportunidade nesta pérola do Índico e em benefício do seu maravilhoso povo. Por favor.

Não lhe queremos mal. Mas, acima de tudo, queremos a paz e que os benefícios do trabalho fluam para todos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"Cinema e educação: o diálogo de duas artes" - por José de Sousa Miguel Lopes

Com a devida vénia, transcrevemos o Resumo de um trabalho de José de Sousa Miguel Lopes
"Cinema e educação: o diálogo de duas artes"

Resumo 
Neste texto analisaremos, inicialmente, o cinema enquanto fenômeno artístico, a mistura 
que ele instaura entre pensamento e palavra servindo-se de imagens, os elementos que o 
caracterizam, a forma, levada ao extremo, como ele ilude a vida. Em seguida, 
abordaremos como a experiência da arte não só permite ao indivíduo encontrar-se como 
ser social, como também ao nível pedagógico, permitindo uma maior facilidade de 
aquisição de saberes. Através da educação promove-se a oportunidade de desenvolver 
características como a autoestima, a curiosidade, a iniciativa e a cooperação através de 
métodos de trabalho muito criativos, com diferentes linguagens expressivas. Por fim, 
procuraremos mostrar como o olhar cinematográfico enriquece nosso olhar sobre a 
educação e sobre o processo escolar, atuando como um elemento de aprimoramento 
cultural e intelectual dos docentes e dos discentes. 

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