terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

NO MAR DA VIOLÊNCIA - Poema de Deolinda Domingues Alves

Observadora atenta da realidade que nos envolve, Deolinda Domingues Alves desloca a sua atenção para os diferentes focos de violência que grassam pelo Mundo, que tanto pode ser na Ucrânia como na Nigéria, na Palestina ou na Síria, no Iraque ou na Venezuela.
Sem referir qualquer local em concreto, esta professora aposentada descreve toda a miséria e infelicidade que atinge os povos flagelados pela guerra ("Torturados e esquecidos") e caracteriza a sua triste situação ("Sem lar, Sem pão, Sem Terra...").

NO MAR DA VIOLÊNCIA
Poema de Deolinda Domingues Alves

Um olhar vazio
Em rostos pálidos,
Deixados à deriva
No barco da vida

Rostos de esperança perdida,
Torturados e esquecidos,
À beira do abismo

Gaivotas feridas
De asas partidas,
Que já não podem voar

Vítimas da guerra
Sem lar,
Sem pão,
Sem Terra…
Tentando sobreviver no limite

Rostos que morrem às mãos,
De quem,
Porque ignora a dimensão do Amor,
Lhes cala a voz
E acende a chama do terror

Choram, em silêncio,
A sua desdita!
E, sem forças para vencer,
Naufragam no mar da violência…

Deolinda Domingues Alves
                                      Leiria



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